MANANCIAL

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"Jardim fechado és tu, minha irmã, esposa minha, manancial fechado, fonte selada". (Cânticos 4:12)

quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

O PECADO.

O que é pecado?


O pecado é rebelião por desobediência às Leis de Deus; é a soberba do coração humano que põe o "eu" acima da vontade de Deus; sim, esta é a melhor definição do que é pecado, porque nele não pensamos em Deus ou em quem amamos, e por causa do desejo de pecar nós desprezamos os bons conselhos, ignoramos a razão e rejeitamos a nossa fé e a Palavra de Deus. Foi assim com o primeiro homem, foi assim com Caim, e não é diferente conosco.

Mas como é que o pecado acontece?

A melhor explicação nós encontramos nas Escrituras. Vejamos o que Tiago escreveu:

“Cada um é tentado quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência; havendo a concupiscência concebido, dá à luz o pecado, e o pecado sendo consumado gera a morte”. (Tiago 1:14,15).

O que o texto nos informa é que as tentações não vêm de fontes externas, mas de dentro de cada indivíduo, isto é, do próprio coração do homem. As coisas do mundo ao redor não são as responsáveis por gerarem as tentações na carne, mas é o modo que o coração capta essas coisas ao redor e como os cinco sentidos interpretam-nas, por meio duma espécie de “arquivos de paixões” existentes em cada um.

Tiago disse: “Cada um é tentado quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência...”; aqui ele explica que é pela própria concupiscência (paixões, desejos carnais) de cada indivíduo o meio pelo qual ocorre a atração (sedução) e o engano; a tentação não está na outra pessoa, na jogatina, na garrafa de bebida, no entorpecente, na revista pornográfica, na facilidade para cometer um crime... A tentação está dentro do coração, na inclinação da carne, nas paixões que se abrigam dentro de cada um, pois ninguém pode ser tentado naquilo que não quer e não deseja, mas é na cobiça que se encontra a vulnerabilidade do ser humano.

Ser tentado não quer dizer que alguém já pecou, pois Cristo também em tudo foi tentado, mas não pecou (Hebreus 4:15); o pecado acontece quando damos vazão aos nossos desejos, quando deixamos que eles nos dominem, quando nos demoramos neles. Ou seja, se vemos algo que nos atrai, e esse que não nos convém, pois conflita com nossa fé em Deus e é contrário à moral, e a ética, os bons costumes; e fere a minha consciência cristã, a palavra de Deus, e a quem amo, não devemos dar prosseguimento à contemplação; precisamos “cortar o mal pela raiz” se quisermos preservar a pureza espiritual e não nos contaminar com o pecado.

“... havendo a concupiscência concebido, dá à luz o pecado”; se continuamos a olhar para o que nos atrai dando seguimento às imaginações da mente, entregando-nos assim às paixões carnais, o resultado desse processo será como “engravidar” da própria cobiça, a qual depois de grávida dará à luz o pecado. Mas mesmo assim há esperança porque mal maior ainda não aconteceu, pois João diz que “há pecado que não é para a morte e há pecado para a morte” (1 João 5:16); sabemos que todos estamos sujeitos às tentações, mas se fraquejamos na fé e no temor do Senhor, aí então pecaremos.   

 “... e o pecado sendo consumado gera a morte”; agora é que a coisa fica difícil. Consumar o pecado é negligenciar tudo o que Deus fez por nós; entregar-se ao ato pecaminoso e consumá-lo é rebelar-se contra tudo que Jesus fez na cruz e desprezar todo o amor de Deus. Vejamos o exemplo do adultério; o homem casado sente-se atraído por outra mulher, se ele frear seus intentos não terá cometido pecado, porém se ele dá prosseguimento a essa atração, alimentando-a com várias imaginações, pensamentos e sonhos, e assim demorar-se nesses deleites carnais, ele estará sendo engravidado na sua cobiça, assim, consequentemente, pecará, mas por enquanto com apenas com seus maus pensamentos, isto é, não pecará para a morte; contudo se consumar o ato pecaminoso traindo sua esposa; pecará para a morte, pois feriu profundamente sua esposa, seu lar, e manchou o seu leito conjugal com sangue.

Sabemos que o sangue de Jesus purifica de todos os pecados. Mas o sangue de Cristo é expiatório somente para quem realmente se arrependeu de seus pecados e os deixou, e que ao confessá-los a Deus, pediu o perdão àqueles que ofendeu, ou seja, a Deus e ao seu próximo, também restituindo o direito aos que foram defraudados por causa dos maus atos praticou.

Ev. Levi.

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