MANANCIAL

MANANCIAL
"Jardim fechado és tu, minha irmã, esposa minha, manancial fechado, fonte selada". (Cânticos 4:12)

quinta-feira, 28 de maio de 2015

DOIS HOMENS, UMA FERA, UMA PONTE E A SALVAÇÃO.

Dois homens estavam numa floresta quando, de repente, viram um leão que, ameaçadoramente rugindo, pôs-se a correr atrás dos dois. Sem perda de tempo os homens fugiram para dentro da mata até que chegaram num precipício, onde uma árvore servia de ponte para o outro lado. Do outro lado viram um senhor que os chamava para a segurança, pois, se atravessassem aquela ponte, eles estariam salvos. A árvore era estreita e não havia galhos de apoio onde pudessem segurar, contudo era firme o bastante para suportar o peso deles, a única ordem dada pelo senhor que estava na outra extremidade era: "Não olhem para os lados e nem para baixo, olhem somente para mim". O primeiro fugitivo, apavorado, não pensou duas vezes, seguiu o conselho e olhando para o seu salvador, atravessou e foi salvo. Já o segundo, que vinha logo atrás, preocupado demais com a ponte, com o precipício e com a falta de apoio para as suas mãos, esqueceu-se do felino esfomeado e por não acatar o conselho daquele que lhe oferecia um lugar seguro, acabou sendo devorado pela fera.

A ilustração acima mostra a nossa condição neste mundo e o mal que quer nos devorar. Quando falamos em olhar para Deus e andar pelo difícil caminho estreito, as pessoas munem-se de pedras e dizem: "Lá vem o papo de religião..."; como se para falar ou pensar em Deus, fosse necessário estar dentro de um templo. Deus está em toda a parte, isto é, em todas as coisas e poderia estar dentro de todos os homens, mas a maior frustração é que, a coroa da criação que  foi dotada de consciência e intelecto ímpar dentre as coisas criadas, ou seja, o ser humano, não quer Deus em sua vida 24 horas por dia, não quer que se fale "Nele" no trabalho, na internet ou nas rodas de amigos, porque acham que quem assim o faz, está cego pela religião e alienado do contemporâneo.

L. M. S.

segunda-feira, 25 de maio de 2015

A VIDEIRA (JOÃO 15: 1-14)

CULTIVO DE VIDEIRAS.

Nas Escrituras Sagradas é comum encontrarmos alusões de árvores comparando-as com povos ou pessoas, alguns estudiosos dizem que certas árvores até representam profeticamente nações em particular. No Evangelho de João, no capítulo 15, vemos o próprio Jesus comparando-se à “videira” e os seus discípulos aos seus ramos, nesta citação também está a pessoa do Pai Celestial como o agricultor que cuida da Sua vide.

É interessante conhecer todo o trabalho num parreiral para entender um pouco desta prática de Cristo dirigida aos seus discípulos, pois as peculiaridades entre a vida cristã e a videira são mais comuns do que se possa imaginar. Uma destas peculiaridades refere-se ao broto da videira, o qual deve ser “conduzido” no parreiral, no mesmo sentido dos ventos, ou seja, a nossa vida cristã deve sempre ser conduzida pelo Espírito Santo, o “vento” veemente e impetuoso de Deus.

Outra coisa notável é o estímulo dado à planta para a produção dos frutos e também após a colheita deles. Um dos estímulos é a poda de formação feita nos ramos maduros ou lenhosos, respeitando um intervalo de tempo de um a dois meses depois da colheita, este tempo é denominado de repouso, neste período até a irrigação é reduzida para estimular a dormência da planta. Jesus diz que o ramo frutífero é limpo (podado) para que dê mais fruto e Deus como sábio agricultor dá o devido tempo de descanso aos ramos que pode até envolver em escassez de água (Palavra) (Eclesiastes 3:2,4,6,7).

A limpeza da videira (poda de produção) consiste na eliminação do excesso de ramos, retirando-se aqueles fracos, imaturos, doentes ou mal formados. Ficam na planta as unidades férteis de produção que são compostas pelo esporão (ramo curto) e vara (ramo longo). Os esporões produzirão brotos vigorosos para serem podados como vara de produção no ciclo seguinte substituindo os ramos velhos ou infrutíferos e permitindo a renovação da planta. Este manejo com varas e esporões permite a produção de frutos em todos os ciclos, obtendo-se boas safras. Também se faz necessário a eliminação do excesso de brotos para promover uma melhor distribuição dos mesmos, evitando-se a sobreposição de brotos inúteis, proporcionando assim uma melhor distribuição da seiva. Outra técnica importante é a desponta, que consiste na remoção da extremidade dos brotos dos ramos no início da maturação direcionando o fluxo da seiva para os cachos, evitando-se que a seiva seja consumida apenas em crescimento vegetativo; a “desponta” promove maior aeração e luminosidade no interior do vinhedo, facilitando o controle fitossanitário. Aqui percebemos que a comparação entre a obra de Deus e a videira tem tudo a ver, pois mesmo que haja a dormência da planta, escassez de água e ramos doentes, o Senhor sempre está trabalhando na Sua vide para que ela possa produzir (Habacuque 3:17-19).

Deus é luz e nós precisamos viver na Sua luz. Para a videira não é diferente, pois folhas que encobrem os cachos devem ser retiradas com o objetivo de melhorar a ventilação e insolação (luz) no interior do vinhedo, pois é através da luz que se consegue uma maior eficiência no controle de doenças fúngicas, por isso onde há sobreposição de folhas uma “desfolha” é necessária para que aquelas que não se encontram expostas à luz solar sejam eliminadas. Vejam só: “exposição à luz e ao vento”!... Tal qual deve ser a vida cristã: na luz de Cristo e na direção do Espírito Santo.

JOÃO 15: 1-14

Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o lavrador.
Toda a vara em mim, que não dá fruto, a tira; e limpa toda aquela que dá fruto, para que dê mais fruto. Vós já estais limpos, pela palavra que vos tenho falado. Estai em mim, e eu em vós; como a vara de si mesma não pode dar fruto, se não estiver na videira, assim também vós, se não estiverdes em mim. Eu sou a videira, vós as varas; quem está em mim, e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer. Se alguém não estiver em mim, será lançado fora, como a vara, e secará; e os colhem e lançam no fogo, e ardem.
Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito. Nisto é glorificado meu Pai, que deis muito fruto; e assim sereis meus discípulos. Como o Pai me amou, também eu vos amei a vós; permanecei no meu amor. Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor; do mesmo modo que eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai, e permaneço no seu amor. Tenho-vos dito isto, para que o meu gozo permaneça em vós, e o vosso gozo seja completo. O meu mandamento é este: Que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei. Ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém a sua vida pelos seus amigos. Vós sereis meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando.

L. M. S.

terça-feira, 19 de maio de 2015

A LEI DE DEUS É SANTA.

"E assim a lei é santa, e o mandamento santo, justo e bom." (Romanos 7:12)

Os mandamentos e as ordenanças da Lei Mosaica visavam o bem estar social, físico e moral dos israelitas. Na Lei não havia falhas, antes, apontava as falhas humanas e as suas consequências. Quando Paulo faz a afirmação citada acima, mostra-nos a qualidade daquela legislação: santo, justo e bom.

Os mandamentos se fossem cumpridos, não haveria presídios, pois era prevista a justa retribuição para os delituosos; os homicidas e adúlteros pagavam com suas vidas, os que defraudavam e furtavam deveriam restituir às vítimas o dobro do produto tomado e o perjúrio voltava-se contra o falso, ou seja, a Lei preconizava a isonomia, equidade e também a equivalência entre o delito e a pena para coibir as futuras ações injustas.


A CIRCUNCISÃO E A SAÚDE DO POVO ISRAELITA.


Sabemos hoje que a circuncisão em homens pode reduzir risco de câncer de colo de útero em mulheres. O motivo da diminuição dos riscos está vinculado a redução do transporte de HPV pela região peniana. Isso porque o prepúcio, removido durante a circuncisão, é rico em células que são particularmente mais suscetíveis para o vírus se instalar e sua retirada, portanto, dificultaria a contaminação. De acordo com pesquisa publicada pela revista científica “Cancer”, da Sociedade Americana de Câncer, homens circuncidados teriam 15% menos chances de desenvolver câncer de próstata. O câncer genital também é muito reduzido em homens circuncidados.


Nas ordenanças acerca da alimentação, moradia, vestes e higiene corporal, o principal objetivo era a saúde do povo. Sabemos hoje que o bacilo-de-hansen, causador da lepra, pode ser encontrado em certos animais como o coelho, tatu e outros, assim também como alguns tipos de doenças infecto-contagiosas ou parasitárias. Portanto, o desejo de Deus era manter o Seu povo livre da anarquia, livre da insegurança, das doenças e dos maus desígnios do coração humano.
L. M. S.

A PARÁBOLA DOS TALENTOS (Mateus 25:14-30)

A parábola dos talentos em Mateus 25:14-30, conta a história de um Senhor que antes de ausentar-se, distribui seus bens aos seus servos, a cada um conforme a sua capacidade. Ao 1° cinco talentos, ao 2° dois e ao 3° um. Tanto o 1° como o 2° dobram o que lhes foi confiado, já o 3° o enterra. Para entendermos está parábola, precisamos voltar ao capítulo 24 de Mateus, do versículo 45 até o 51, que diz: "Quem é, pois, o servo fiel e prudente, que o seu senhor constituiu sobre a sua casa, para dar o sustento a seu tempo? Bem aventurado aquele servo que o seu senhor, quando vier, achar servindo assim. Em verdade vos digo que o porá sobre todos os seus bens. Mas se aquele mau servo disser no seu coração: O meu senhor tarde virá; E começar a espancar os seus conservos, e a comer e a beber com os ébrios, Virá o senhor daquele servo num dia em que o não espera, e à hora em que ele não sabe, E separá-lo-á, e destinará a sua parte com os hipócritas; ali haverá pranto e ranger de dentes. (Mateus 24:45-51)".

Os talentos referem-se à obra de Deus neste mundo. A parábola diz respeito à pregação do evangelho por todo o mundo, o cuidado com os novos discípulos, a vigilância na sã doutrina das escrituras sagradas evitando adequações com as coisas do mundo e a submissão incondicional a Cristo reconhecendo que Deus é amor.

O 3° servo ao enterrar o talento na terra mistura o que é do seu Senhor com o que é terreno, ou seja, provoca uma miscigenação do que é sagrado com o que é vil. Ele acha que conhece o seu Senhor: "... eu conhecia-te, que és um homem duro, que ceifas onde não semeaste e ajuntas onde não espalhaste" (Mateus 25:24). Muitos ministros, igrejas e ministérios, pensam que o evangelho não é o suficiente para que Deus ajunte aqueles que são seus, e tentam adequar as escrituras ao secularismo, permitindo coisas dentro das igrejas como o divórcio (fato já crescente e consumado no meio evangélico), o homossexualismo, o amor ao dinheiro, a busca por cargos políticos, o adultério, em suma, a falta de santidade e de compromisso com Deus. A orientação do Senhor para estes que recebendo a incumbência de cuidar dos seus bens se desviaram da verdade é: "Devias então ter dado o meu dinheiro aos banqueiros e, quando eu viesse, receberia o meu com os juros. (Mateus 25:27)". O que Jesus quis dizer com isto? Bem; quem está nesta situação deve entregar o seu ministério e não ministrar mais, pois na verdade, já o perdeu.
  
Mateus 21:43 - "Portanto, eu vos digo que o reino de Deus vos será tirado, e será dado a uma nação que dê os seus frutos."

Ainda em Mateus, no capítulo 23, está escrito: 13. Mas ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Porque fechais o Reino dos céus diante dos homens; pois nem vós entrais nem deixais entrar os que estão entrando. 14. Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Porque devorais a casa das viúvas e, como pretexto, fazeis longas orações; por isso, recebereis maior condenação. 15. Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Porque correis o mar e a terra para fazer um prosélito, e, depois de o terdes feito, o fazeis filho do inferno duas vezes mais do que vós.
L. M. S.



ROUPA NOVA EM ROUPA VELHA.

Tudo se fez novo.

"E Jesus disse-lhes também uma parábola: Ninguém deita um pedaço de uma roupa nova para coser em roupa velha, pois romperá a nova e o remendo não condiz com a velha." Lucas 5:36

Este versículo extraído do evangelho elucida a conduta dos que, em outro texto bíblico, são chamados de nova massa, isto é, não levedada (1 Coríntios 5:7). A "roupa velha", nada mais é do que a "Lei Mosaica" e todas as suas tradições, festas e costumes, as quais Paulo, o "apóstolo dos gentios", define como "rudimentos do mundo" (Gálatas 4:3,9; Colossenses 2:8,20). Ele ainda acrescenta em sua Epístola aos Colossenses que ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de festa, ou da lua nova, ou dos sábados, que são sombras das coisas futuras, mas nós somos o corpo é de Cristo, a nova massa, sem o fermento da velha massa (Colossenses 2:16-17).

Havia naquela época judeus que, convertidos ao cristianismo, queriam introduzir no meio dos gentios os costumes e as tradições judaicas, por isso foi necessário que Paulo exortasse aos crentes de Colossos sobre a importância de não misturar o "Novo" com "Velho": "Se, pois, estais mortos com Cristo quanto aos rudimentos do mundo, por que vos carregam ainda de ordenanças, como se vivêsseis no mundo, tais como: Não toques, não proves, não manuseies? As quais coisas todas perecem pelo uso, segundo os preceitos e doutrinas dos homens;" (Colossenses 2:20-22).

Tem gente por aí que faz distinção entre dia e dias, entre meses e anos, entre o que comer e o que não comer, ou qualquer outra coisa supondo que nos primórdios da Igreja estas ordenanças partiam dos próprios Apóstolos de Cristo. Para refutar esta suposição, deixo um versículo da Carta aos Gálatas, onde Paulo repreende Pedro pelo seu dissimulado sincretismo: "Mas, quando vi que não andavam bem e direitamente conforme a "verdade do evangelho", disse a Pedro na presença de todos: SE TU, SENDO JUDEU, VIVES COMO OS GENTIOS E NÃO COMO JUDEU, por que obrigas os gentios a viverem como judeus? (Gálatas 2:14).

Para mim o viver é Cristo e todas os bens dos quais desfruto foram concedidos por Ele, pois todas as coisas são Dele e para Ele, portanto faço minhas as palavras de Paulo: "Desde agora ninguém me inquiete; porque trago no meu corpo as marcas do Senhor Jesus." Gálatas 6:17
L. M. S.



quinta-feira, 14 de maio de 2015

“O exército dos assírios foi destruído por Deus”

Nos livros de II Reis cap. 18. 13..., II Crônicas cap. 32 e Isaías cap. 36 e 37, que compõem o Antigo Testamento bíblico são narradas histórias sobre a invasão da Assíria em Judá e Israel.

1. O exército dos assírios foi destruído (II Reis 19. 35).

2. Heródoto, historiador grego, ao escrever sobre a história do Egito, relata que um faraó pacifista foi poupado de ser invadido pela Assíria porque uma peste atacou o exército assírio. Este relato é interpretado como sendo a versão egípcia do ataque de Senaqueribe a Judá, já que a região era passagem entre a Assíria e o Egito.

3. O relato jactancioso de Senaqueribe sobre sua campanha contra Judá:

a . "_Quanto a Ezequias, o judaico, ele não se submeteu ao meu jugo. Eu montei cerco em 46 de suas cidades fortificadas e em incontáveis pequenas aldeias; a tudo conquistei usando rampas de acesso que nos colocaram perto das muralhas (...). Eu expulsei 200.150 pessoas, jovens e velhos, homens e mulheres, cavalos, mulas, jumentos, camelos, gado grande e pequeno além da conta, e a tudo considerei como pilhagem de guerra. Ele mesmo eu o fiz prisioneiro em Jerusalém, na sua residência real, como um pássaro numa gaiola. (...) Suas cidades que eu saqueei, eu as tomei de seu país e as dei todas a Motinti, rei de Asdode, a Padi, rei de Eglon, e a Sillibel, rei de Gaza. Dessa maneira, eu reduzi seu país, mas ainda aumentei meu tributo. O próprio Ezequias enviou-me mais tarde, a Nínive, minha cidade senhorial, junto com 30 talentos de ouro, 800 talentos de prata, pedras preciosas, antimônio, grandes blocos de pedra vermelha, leitos (incrustados) de marfim, cadeiras-nimedu (incrustadas) de marfim, couros de elefante, ébano, buxos (e) todas as espécies de tesouros valiosos, suas (próprias) filhas, concubinas, músicos e músicas. A fim de entregar o tributo e prestar homenagem como escravo, ele enviou seu mensageiro (pessoal).”

b. As inscrições de Senaqueribe não mencionam o desastre sofrido por suas forças. Mas, conforme comenta o Professor Jack Finegan: “Em vista do tom geral de jactância que permeia as inscrições dos reis assírios, dificilmente se esperaria que Senaqueribe registrasse tal derrota.” Esta versão jactanciosa aumenta de 300 para 800 o número de talentos de prata enviados, e, sem dúvida, faz o mesmo com outros pormenores do tributo pago; 
 

c. O relato de Senaqueribe confirma notavelmente o registro bíblico e mostra que Senaqueribe não afirmou ter capturado Jerusalém. Deve-se notar, porém, que Senaqueribe apressou-se em voltar à Nínive, depois do desastre das suas tropas, divinamente provocado, e assim, o relato invertido de Senaqueribe convenientemente apresenta que Ezequias lhe pagou o tributo em Nínive mediante um mensageiro especial. Certamente é significativo que antigas inscrições e registros não mostram nenhuma campanha adicional de Senaqueribe na Palestina, embora historiadores afirmem que seu reinado continuou por mais 20 anos.

d. Senaqueribe apresenta a questão de Ezequias pagar tributo como ocorrido depois da ameaça assíria de um sítio contra Jerusalém, ao passo que o relato bíblico mostra que foi pago antes para que fosse evitada uma invasão assíria.

e. O provável motivo desta inversão é que o término desta campanha de Senaqueribe acha-se envolto em obscuridade. O que ele fez após a captura de Ecrom ainda é um mistério. Em seus anais, Senaqueribe situa neste ponto a punição que infligiu a Ezequias, sua incursão contra o país de Judá, e sua distribuição do território e das cidades de Judá. Esta ordem dos eventos parece ser uma cortina que esconde algo que ele não deseja mencionar.

f. O registro bíblico mostra que Senaqueribe voltou apressadamente à Nínive logo após a sua desastrosa campanha e que não houve nenhuma outra investida de suas tropas na Palestina, mesmo que seu reinado ainda tenha durado por mais 20 anos.

g. Josefo, historiador judeu do primeiro século EC, afirma citar o babilônio Beroso (considerado ser do terceiro século AEC), que registraria o evento do seguinte modo: “Quando Senaqueirimos (Senaqueribe) retornou a Jerusalém da sua guerra com o Egito, encontrou ali a força sob Rabsaqué em perigo duma praga, porque Deus infligira uma doença pestilenta ao seu exército, e na primeira noite do sítio, cento e oitenta e cinco mil homens haviam perecido junto com seus comandantes e oficiais.”

h. Heródoto, historiador grego do quinto século AEC, afirma que uma “espantosa multidão de ratos do campo espalhou-se pelo acampamento [assírio] inimigo, pondo-se a roer os arneses, os arcos e as correias que serviam para manejar os escudos”, impedindo-os assim de realizar uma invasão no Egito. 

i. No salmo 46. 8-9 que foi escrito pelo próprio Ezequias, rei de Judá, diz: “Vinde, contemplai as obras do Senhor; que desolações têm feito na terra! Ele faz cessar as guerras até ao fim da terra; quebra o arco e corta a lança; queima os carros no fogo". É interessante observar o relato deste Salmo no que tange ao "arco quebrado e a lança cortada" mostrando certa concordância com a afirmação de Heródoto. Provavelmente a frase: "carros queimados no fogo", diz respeito à fúria com que a multidão de ratos atacaram o exército assírio, pois roendo tudo o que encontravam pela frente, deixaram apenas lenha para ser queimada pelos filhos de Judá.

4. As escavações arqueológicas demonstram que os assírios promoveram uma campanha sistemática de cerco e pilhagens. A cidade judaica de Azekah, que foi tomada de assalto, pilhada e, em seguida, devastada. Laquis foi completamente destruída. Escavações realizadas nas décadas de 1930 e de 1970, revelaram a ferocidade do assalto assírio. Nas cavernas próximas à cidade, foram encontradas sepulturas coletivas com cerca de 1.500 corpos de homens, mulheres e crianças.

5. Por incrível que pareça Jerusalém não foi invadida. Relatos Egípcios afirmam que os Assírios perderam boa parte de seus soldados em uma tentativa de invadir a capital de Judá. A Estela de Senaqueribe nada consta os reais motivos pela não invasão da Capital, no entanto, isso não é de se admirar, pois todos os reis da antiguidade não costumavam relatar suas derrotas militares.

6. Os profetas Isaías e Miquéias descrevem os horrores que se abateram sobre o povo de várias cidades, atribuindo-os à punição divina: "Nada digam em Gate, não chorem absolutamente; em Bet-Leafra, rolem no pó. Passem os habitantes de Safit em nudez e vergonha; os habitantes de Saanã de lá não sairão; o lamento de Bet-Esel será tirado dos que lá ficarão; os habitantes de Marot esperam pelo bem, porque o mal lhes foi enviado pelo Senhor" (Miquéias 1. 10-11).

7. O sofrimento humano e as perdas materiais dos hebreus foram resultantes da decisão do rei Ezequias de se rebelar contra a Assíria, de quem Judá se tornara tributária desde a destruição do Reino de Israel, confiando na força de seus aliados. Ainda que Jerusalém não tenha caído, amplas regiões do reino foram devastadas, a valiosa terra agrícola de Shephelah foi entregue por Senaqueribe às cidades da Filisteia (Palestina), muitos hebreus foram aprisionados e deportados. Ezequias recebera de seu antecessor um reino próspero. O que ele legou ao seu filho e sucessor, Manassés, diminuíra consideravelmente de tamanho e de poder.
Fontes: Bíblia Sagrada, Wikipédia, Dicionário Bíblico, Biblioteca On-line Torre de Vigia.

L. M. S.

Felicidade

Temos uma ideia equivocada do que significa felicidade. Alguns a confundem com momentos de alegria, pois acham que se estão contentes com alguma coisa estão felizes, mas, a verdadeira felicidade não é momentânea e sim permanente. Trata-se de um bem estar composto de três coisas interdependentes: tranqüilidade, segurança e paz.
Pessoas felizes choram e sofrem, mas não odeiam, antes mantêm seus corações limpos, são pacificadores e misericordiosos, tudo isso por esperarem algo muito maior que recompensas terrenas.

Casamento, filhos, realização profissional, amizades, bens, prestígio, enfim, uma porção de coisas que julgamos indispensáveis para a felicidade pessoal, se não houver a orientação de uma mente tranquila, segura e pacífica, moldada pela moderação do Espírito Santo de Deus, será como um náufrago numa ilha deserta que encontrou um tesouro, ou seja, não poderá desfrutar dele.
L. M. S.

"Fogo Estranho e a Nova Aliança".

Nadabe ("liberal" ou "Deus se Mostra Bondoso") 
Abiú ("Ele, Deus, é Pai") 

A Bíblia em Levítico 10:3 relata como Nadabe a Abiú receberam o castigo divino pelo pecado que cometeram. Mas qual fora o pecado deles? Em Levítico 10:1 diz que eles ofereceram "fogo estranho" perante a face do Senhor. O que seria o "fogo estranho"? No mesmo capítulo diz que eles acenderam seu incensário não com fogo do altar, mas com fogo tirado de outro lugar, e por não ter tirado do altar, esse fogo é chamado "fogo estranho". 
Vemos no capítulo 9 de Levítico que o próprio Senhor acendera o fogo do altar: verso 6. E disse Moisés: Esta é a coisa que o Senhor ordenou que fizésseis; e a "glória do Senhor" vos aparecerá.
verso 23. Então entraram Moisés e Arão na tenda da congregação; depois saíram, e abençoaram ao povo; e a "glória do Senhor" apareceu a todo o povo.
verso 24. Porque o "fogo" saiu de diante do Senhor, e consumiu o holocausto e a gordura, sobre o altar; o que vendo todo o povo jubilou e caiu sobre as suas faces.
Cabia de agora em diante aos sacerdotes manter aquela chama acesa, pois todas as ofertas, sacrifícios e incensos dependeriam exclusivamente da chama do altar do Senhor. Eis aqui uma figura do Espírito Santo de Deus, pois é somente pelo Espírito Santo que nossas orações, louvores e testemunho chegam ao Senhor como cheiro suave, somente através do Espírito de Deus podemos viver uma vida de santidade e de santificação.

O fogo arderá continuamente sobre o altar; não se apagará. Levítico 6:13

E os filhos de Arão, o sacerdote, porão fogo sobre o altar, pondo em ordem a lenha sobre o fogo. Levítico 1:7

O fogo que está sobre o altar arderá nele, não se apagará; mas o sacerdote acenderá lenha nele cada manhã, e sobre ele porá em ordem o holocausto e sobre ele queimará a gordura das ofertas pacíficas. Levítico 6:12 

Porém Nadabe e Abiú morreram quando trouxeram "fogo estranho" perante o Senhor. Números 26:61

E os filhos de Arão, Nadabe e Abiú, tomaram cada um o seu incensário e puseram neles fogo, e colocaram incenso sobre ele, e "ofereceram fogo estranho" perante o SENHOR, o que não lhes ordenara. Levítico 10:1

Após a saída do Egito, Moisés e todo Israel chegaram ao Monte Sinai. Deus falou da montanha ao povo todo, e deu os dez mandamentos, e os gravou em tábuas de pedra (Deuteronômio 5:1-22). No Sinai Moisés recebeu toda a Lei para Israel na qual Deus provera um sacerdócio para Si:

“Faze também vir para junto de ti Arão, teu irmão, e seus filhos com ele, dentre os filhos de Israel, para me oficiarem como sacerdotes, a saber, Arão e seus filhos Nadabe, Abiú, Eleazar e Itamar” (Êxodo 28:1).

Na aliança de Deus com os israelitas, Arão e seus descendentes seriam sacerdotes do Senhor enquanto durasse aquela aliança (Êxodo 29:9). O trabalho do sacerdote incluía oferecer sacrifícios, manutenção das lâmpadas, os pães da proposição, o incenso no santuário e ensinar a lei de Yahweh ao resto do povo.

Enquanto o povo ainda estava no Sinai, no Tabernáculo, Arão e seus filhos foram consagrados como sacerdotes e logo após que eles começaram a servir e ministrar o sacerdócio aconteceu uma desgraça para a casa de Arão:

“Nadabe e Abiú, filhos de Arão, tomaram cada um o seu incensário, e puseram neles fogo, e sobre este, incenso, e trouxeram fogo estranho perante a face do SENHOR, o que lhes não ordenara. Então, saiu fogo de diante do SENHOR, e os consumiu; e morreram perante o SENHOR” (Levítico 10:1-2).

Aqui estavam dois dos homens a quem Deus havia consagrado para servi-lo como sacerdotes, desempenhando suas funções e Ele matou-os com fogo divino. Qual foi o erro? Ofereceram algo que Deus não lhes tinha mandado oferecer. Eles eram sacerdotes, da linhagem sacerdotal de Arão, separados por Deus para este ministério, seus incensários eram consagrados, o incenso era consagrado, mas substituíram o "Fogo de Deus" (Espírito) por qualquer um, misturaram o sacro com o profano e trouxeram perante o Senhor uma adoração falsa. 

“E falou Moisés a Arão: Isto é o que o SENHOR disse: Mostrarei a minha santidade naqueles que se cheguem a mim e serei glorificado diante de todo o povo. Porém Arão se calou” (Levítico 10:3).

Nadabe e Abiú desconsideraram a santidade de Yahweh, pois na sua adoração presunçosa não glorificam-No e não mostraram a santidade do Senhor neles. Tem gente que diz que estas coisas eram para o Velho Testamento, para a Lei de Moisés, pois agora que estamos na “era da graça”, contudo quem pensa assim está longe da verdade das Escrituras Sagradas.

A epístola aos Hebreus faz comparação entre a Velha Aliança (Lei de Moisés) com a Nova Aliança (Jesus Cristo). O capítulo 1 de Hebreus compara o Filho de Deus que é o mensageiro do Novo Testamento, com anjos que eram os mensageiros do Velho Testamento. É demonstrado que Cristo é muito maior do que os anjos, pois diz: "e todos os anjos O adorem" (Hebreus 1:6).

“Por esta razão, importa que nos apeguemos, com mais firmeza, às verdades ouvidas, para que delas jamais nos desviemos. Se, pois, se tornou firme a palavra falada por meio de anjos, e toda transgressão ou desobediência recebeu justo castigo, como escaparemos nós, se negligenciarmos tão grande salvação? A qual, tendo sido anunciada inicialmente pelo Senhor, foi-nos depois confirmada pelos que a ouviram; dando Deus testemunho juntamente com eles, por sinais, prodígios, vários milagres e por Dons do Espírito Santo, distribuídos segundo a Sua vontade” (Hebreus 2:1-4).

A grandeza do Mensageiro é um indicador da importância da mensagem. 

“Tende cuidado, não recuseis ao que fala. Pois, se não escaparam aqueles que se recusaram ouvir quem, divinamente, os advertia sobre a terra, muito menos nós, os que nos desviamos daquele que dos céus nos adverte, aquele, cuja voz abalou, então, a terra; agora, porém, ele promete, dizendo: ‘Ainda uma vez por todas farei abalar não só a terra, mas também o céu” (Hebreus 12:25-26).

Nadabe e Abiú pensaram que o fogo do altar era igual a qualquer outro, afinal de contas todo fogo queima, não importando de onde ele seja tirado, mas se enganaram , não era competência deles decidir qual fogo deveria ser usado. Deveriam prestar culto exatamente da forma que o Senhor tinha dito. Mais uma vez, a própria superioridade da Aliança deverá dizer-nos quão importante é ser obediente às Suas estipulações:

“Por isso, recebendo nós um reino inabalável, retenhamos a graça, pela qual sirvamos a Deus de modo agradável, com reverência e santo temor; porque o nosso DEUS É FOGO CONSUMIDOR” (Hebreus 12:28-29).

Não se pode permitir que o homem introduza suas idéias ou modifique o culto a Deus. Todos os esforços do homem resultam numa apresentação de fogo estranho ao Senhor, ou seja um culto carnal. As melhores tentativas não passam de invenções humanas e abominação aos olhos de Deus. O modo aceitável de adorar o verdadeiro Deus é instituído por Seu Espírito Santo, por isso que Ele não pode ser adorado segundo as imaginações dos homens, ou por sugestões de seu enganoso coração, pois o Senhor procura Seus verdadeiros adoradores que O adorem em Espírito e em verdade (João 4:24). A Bíblia diz em 2 Cor. 3:17, “onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade”, liberdade para entrarmos no Santo dos Santos pelo do sangue de Cristo, numa santa e verdadeira adoração em espírito no Espírito do Senhor, estes parâmetros orientam a adoração cristã. Somos livres, no Espírito, para fazer a vontade de Deus, nunca para o contrario, pois rebeldia nunca procede do Espírito Santo. O Senhor ainda é tão Santo como no tempo de Nadabe e Abiú, sendo obrigação daqueles que o adorarão tratá-lo reverência e santo temor.

"Eu sou o Senhor; este é o meu nome; a minha glória, pois, a outrem não darei, nem o meu louvor às imagens de escultura. Isaías 42:8
"E a minha glória não a darei a outrem. Isaías 48:11

FONTES: O QUE ESTÁ ESCRITO (JIM ROBSON), 
BLOG O TEMPO DE DEUS (CARLOS HENRIQUE)

sexta-feira, 8 de maio de 2015

EGO POIÊSSO - EU CRIAREI (JOÃO 14:14)

01. Esse versículo faz parte das instruções que Jesus passa aos seus discípulos, aos seus seguidores, instruindo-os sobre vários assuntos como o Consolador, o Espírito Santo, o Seu substituto legal aqui na terra. Jesus, também, de modo especial, dá pronta ênfase a pedidos feitos em seu nome, reafirmando, no verso 14, – “Se algo pedirdes a mim em meu nome, EU O FAREI”.

02. A declaração “EU FAREI”, no original grego, é ἐγὼ ποιήσω/ ego poiêsso, também no futuro do verbo ποιέω/’poiéo, que tem vários sentidos, entre os quais, fazer, fabricar, criar, produzir, trabalhar, atuar, efetuar, executar e outros significados. Balz e Schneider dizem que o verbo ποιέω/’poiéo “designa a atuação criadora, a atuação histórica e escatológica futura de Deus” (Dic. Exegético, N.T, λ- ω).

03. A declaração dos lábios de Jesus chama, ainda, mais a atenção haja vista que no Livro de Gênesis, o Livro da Criação, há, no seu primeiro versículo, a já conhecida declaração hebraica: בְּרֵאשִׁית בָּרָא אֱלֹהִים – ‘Bereshit BARÁ Elohim’: No princípio, criou Deus.

04. Curiosa e acertadamente, a Septuaginta (LXX), a Bíblia traduzida por 70 sábios judeus, conhecedores do Hebraico e do Grego, deu origem à Bíblia em um só volume em grego, no momento de traduzir o verbo “BARÁ”, que significa criar do nada, um verbo especial e único para Deus, a Septuaginta fez pronto uso do verbo “ποιέω/poiéo”, como que indicando, claramente, que o mesmo é, também, único e especial para ficar no lugar de בָּרָא – Bará, verbo criar, usado exclusivamente por Deus!

05. A Septuaginta Grega, assim inicia Gênesis 1:1 - Ἐν ἀρχῃ̂ ἐποίησεν ὁ θεὸς ( En arkê epoiessen hó Theós ) – No princípio, criou Deus. Assim é que o verbo ποιέω/’poiéo, em Gênesis 1:1, indicando para nós o passado, “criou”, no grego (o tempo) é ἐποίησεν/epoiessen (aor. ind. at  .3ª. sig), demonstrando uma ação perfeita de criar por parte de Deus.

06. Entendido o sentido de בָּרָא – Bará, no hebraico, que corresponde ao verbo grego ποιέω/’poiéo, no texto de João 14:14, assim podemos traduzir o final do versículo: “Se pedirdes algo em meu nome, “EU CRIAREI”! (ἐάν τι αἰτήσητέ με ἐν τῷ ὀνόματί μου ἐγὼ ποιήσω – “Ean ti aitesseté me en to onomati mu ego poiêsso”).

07. Pode-se dizer: ‘O Deus que cria uma situação só para nos abençoar, para nos alcançar, para nos socorrer’, pois Ele é pai, Ele é o Deus da criação e não há alguma coisa difícil para Ele: Isaías 43:13; Gênesis 18:14; Jeremias 33:3; Efésios 3:20.

08. Atos, que é o Livro do Espírito Santo, enfatiza o poder criativo ilimitado de Deus, fazendo uso do verbo ποιέω/’poiéo: “Senhor, Tu és o que ‘criaste’ (ποιήσας/poiessas) o céu, e a terra, e o mar, e tudo o que neles há” (Atos 4:24). Cf. 14:14; 7:50; 17:24.

09. Sei isso na prática, pois já recebi respostas, assim como muitas pessoas, por meio de oração diante de uma situação inusitada, criada pelo próprio Deus. Com José, no Egito, não foi diferente; a criação daquele alto posto, de um “Super Ministro” só para abençoar a José; ou, também, pode-se dizer que foi criado o cargo de “um Vice-Rei” poderoso, exclusivamente para abençoar José. Tem-se, ainda, o desafio prático de Provérbios 21:1, quando diz: “o coração do rei está nas mãos do Senhor, e a tudo quando quer o inclina”. 

10. Finalmente, entre as muitas promessas da Palavra de Deus, não podemos nos esquecer daquela indicada por Isaías 45:2-3 que diz: “Eu irei adiante de ti, endireitarei os caminhos tortuosos, quebrarei as portas de bronze e despedaçarei as trancas de ferro; dar-te-ei os tesouros escondidos e as riquezas encobertas, para que saibas que eu sou o SENHOR, o Deus de Israel, que te chama pelo teu nome”.


Dr. Agnaldo L. Sacramento