MANANCIAL

MANANCIAL
"Jardim fechado és tu, minha irmã, esposa minha, manancial fechado, fonte selada". (Cânticos 4:12)

terça-feira, 24 de novembro de 2015

O LIVRO DE JONAS.

Autor: Jonas (?)
Data: Por volta de 760 A. C. ou após 612 A. C. (?)

O Autor e a Data
As questões da data e autoria de Jonas estão profundamente relacionas. Se Jonas escreveu o Livro seria, obviamente, datado durante o reinado de Jeroboão II, no início do séc. VIII A.C. (cerca de 793 a 753 A.C.). Se um narrador escreveu o livro, ele poderia ter sido em qualquer tempo depois do acontecimento descrito nele.

Dentre aqueles que sustentam outro autor, que não seja Jonas, alguns datam o livro na segunda metade do séc. VIII ou no início do século VII, baseado nas datas pós-exílica, depois da destruição de Nínive em 612 A.C. Essa disputa é baseada em 3.3, que diz que Nínive era uma grande cidade. Aqueles que apoiam a data pré-exílica explicam que isso pode ser meramente uma forma literária usada para contar a história de que Nínive existia, mas não era uma grande cidade.

Como indicado em 2 Reis 14.25, Jonas era filho do profeta Amitai e um nativo de Gate-Hefer, um vilarejo situado a 5 Km em direção ao nordeste de Nazaré, dentro das fronteiras tribais de Zebulom, portanto ele era galileu. Profetizando durante o reinado de Jeroboão II e precedendo imediatamente Amós, ele foi um forte nacionalista que estava completamente consciente da destruição que os assírios haviam feito em Israel através dos anos. Jonas achou difícil aceitar o fato de que Deus pudesse oferecer misericórdia a Nínive da Assíria, uma vez que seus habitantes mereciam um julgamento severo.

Ele foi o único profeta mandado para pregar aos gentios. Elias foi mandado para Sarepta para morar lá durante uma temporada (1 Reis 17.8-10), e Eliseu viajou a Damasco (2 Reis 8.7), mas somente a Jonas dada uma mensagem de arrependimento e misericórdia, para pregar diretamente a uma cidade gentia. Sua relutância em ir pregar a Palavra de Deus baseava-se num desejo de ver declinar completamente o poder de Nínive. Também ele temeu que Deus pudesse mostrar misericórdia, deste modo oferecendo aos assírios a oportunidade de molestar Israel conforme predisse o profeta Amós (Amós 7:17).

O nome de Jonas significa “pomba” ou “pombo”. Quanto ao caráter, ele é representado como obstinado, irritado, mal-humorado, impaciente e por seu hábito de viver somente com seu clã. Politicamente, é obvio que ele era um amante leal de Israel e um patriota comprometido. Religiosamente, ele professava um temor ao Senhor como Deus do céu, o Criador do mar e da terra. Mas sua primeira desobediência intencional, sua posterior e relutante obediência e a sua ira sobre a extensão de misericórdia aos ninivitas revelam óbvias incoerências na aplicação da sua fé. A história termina sem indicar como Jonas respondeu à exortação e à lição objetiva de Deus.

Contexto Histórico
 Inimigos de Israel de longa data, os assírios pagãos eram uma força dominante entre os antigos no período de aproximadamente 885 a 665 A.C. Relatos do A.T. descrevem seus saques contra Israel e Judá, onde eles destruíram a zona rural e levaram cativos. O poder assírio enfraqueceu no tempo de Jeroboão II, sendo que este rei foi capaz de restaurar áreas dominadas pelos assírios na Palestina, desde Hamate localizada em direção ao sul, até o mar Morto, como havia sido profetizado por Jonas (2 Reis 14.25)

Conteúdo
O livro de Jonas, embora tenha sido colocado entre os profetas no cânon, é diferente do outros livros proféticos, pois não contem uma profecia direta, isto é, não há uma mensagem direta a alguém; a história é a mensagem. A história recorda um dos mais profundos conceitos teológicos encontrados no A.T. de que Deus ama todas as pessoas e deseja compartilhar seu perdão e misericórdia com elas. Israel havia sido encarregado de entregar a mensagem do Amor de Deus, mas, de algum modo, eles não compreenderam a importância dela. Essa falha consequentemente levou-os a um orgulho religioso extremo. No Livro de Jonas, pode ser encontrada a semente do farisaísmo combatida por Cristo no N.T. – “Uma geração má e adúltera pede um sinal, porém, nenhum sinal lhes será dado senão o sinal do profeta Jonas” (Mateus 12:39).
Deus pediu a Jonas, o profeta, para levantar-se e ir 1300 km pra o oriente, a Nínive, uma cidade dos temidos e odiados assírios. Sua mensagem é um chamado ao arrependimento, e uma promessa de misericórdia caso eles respondessem positivamente. Jonas, sendo profeta, provavelmente sabia que se Deus poupasse a Nínive, então aquele povo estaria livre para, futuramente, saquear e tomar a Israel (em 722 a.C. caiu Samaria e com ela, Israel). Esse patriotismo nacionalista de Jonas e seu desdém para com a misericórdia de Deus que também seja oferecida àqueles que não fazem parte do “concerto” (Lei) são reflexos claros do caráter do povo israelita em sua pureza cerimonial, e é por isso que Jonas decidiu deixar Israel e “fugir de diante da face do Senhor”. Sem dúvida, ele esperava que o Espírito da profecia não o seguisse e como está descontente com Deus, de algum modo se convence de que uma viagem a Társis o livrará da responsabilidade que Deus colocou sobre ele.

A viagem de navio a Társis logo fornece a evidência de que a presença e a influência do Senhor não estão restritas à Palestina. Deus manda uma tempestade para golpear o navio e causar os meios que conduzirão Jonas a encarar face a face o seu chamado missionário. Após esgotarem todas as alternativas e acabarem por determinar que Jonas e seu Deus são os responsáveis pela tempestade, os marinheiros atiram Jonas ao mar. Sem dúvida, Jonas e os marinheiros acharam que esse seria o seu fim; mas Deus havia preparado um grande peixe para engolir Jonas e, após três dias e três noites, o peixe jogou-o em terra firme. Novamente, Deus ordena Jonas a levantar-se e dirigir-se a Nínive para entregar a mensagem de libertação ou condenação. Desta vez, o profeta concorda em fazer a viagem e entregar a mensagem de Deus. Após a mensagem do Senhor ser entregue aos habitantes de Nínive, os ninivitas, desde a pessoa mais humilde até o rei, se arrependem e, vestindo-se de panos de saco e assentando-se sobre a cinza, eles jejuam. Até mesmo os animais são levados a participar dessa conduta humilde. Então Deus se torna favorável (Jonas 3:10).

Jonas apesar de ter obedecido à voz divina, no seu coração ele ainda permaneceu inflexível, e reagiu com ira à misericórdia dispensada pelo Senhor (cap. 4:1-3), pois, confuso, não entendeu porque Deus poupou um povo que, historicamente, abusara da nação de Israel. Talvez ele esperasse que o arrependimento dos ninivitas não fosse genuíno, e que Deus ainda os destruiria. Assim ele sai da cidade e constrói um abrigo numa colina, com vista para ela do lado oriente; lá, o profeta aguarda do dia indicado para o julgamento. Deus usa esse tempo de espera para ensinar uma valiosa lição a Jonas. O Senhor faz crescer uma aboboreira que fizesse uma boa sombra à cabeça de Jonas para livrá-lo do seu enfado, e o profeta se regozija em extremo por ela (verso 6). Então, Deus prepara um bicho pra comer o caule da aboboreira e a faz secar (verso 7) e, mais adiante, intensifica a situação desconfortável de Jonas, ao trazer um vento calmoso, vindo do oriente, faz com que o sol fira-lhe a cabeça desfalecendo-o (verso 8). Ele lamenta a morte da aboboreira e expressa seu descontentamento a Deus. Deus lhe responde mostrando sua incoerência ao se lamentar por uma aboboreira pela qual não trabalhou, e despreocupar-se acerca do destino dos habitantes de Nínive, a quem Deus amava (verso 9-11).

O Espírito Santo em Ação
E Espírito de Deus inspirou Jonas a profetizar naquela terra e a sua posição seria recuperada por Israel. Isso aconteceu sob a liderança de Jeroboão II (2 Reis 14.25). Quando o Espírito conduziu Jonas para ir a Nínive profetizar contra o povo lá, o profeta se recusou a seguir a orientação do Senhor. O Espírito de Deus não cessou sua obra, mas continuou a intervir na vida de Jonas, pois, na desobediência do profeta, Deus salvou a tripulação do navio que rumava para Társis e depois, na sua obediência, o Senhor salvou uma cidade inteira, sendo que, em qualquer situação, Deus induziu-o a fazer a Sua vontade. Quando Jonas obedeceu à vontade do Senhor, o Espírito operou um arrependimento piedoso no coração do povo e eles responderam à mensagem do julgamento iminente. Quando Jonas se recusou a aceitar esta obra divina, o Espírito Santo mostrou-lhe em contraste o amor dele por uma aboboreira e o amor de Deus pelos pecadores.

ESBOÇO DE JONAS
I. A retirada ordenada 1.1-3
“Levanta-te, vai à grande cidade de Nínive” 1.1-2
Jonas foge da presença do Senhor e toma um navio para Társis 1.3
II. O retorno providencial 1.4-2.10
O Senhor manda uma tempestade 1.4-9
Os marinheiros temem ante a declaração de Jonas, o jogam ao mar e oferecem sacrifícios a Deus 1.10-16
O Senhor prepara um grande peixe que o engole 1.17
Jonas ora em arrependimento 2.1-9
Ele é vomitado na terra 2.10
III. A renovação bem-sucedida 3.1-10         
É dada uma segunda chance ao profeta de se levantar e ir pregar a Palavra 3.1-3
Jonas prega a mensagem de Deus 3.4
A população se converte 3.5-9
Deus demonstra a Sua piedade 3.10
IV. Uma reação negativa 4.1-11
Jonas desgostou-se com a bondade de Deus 4.1-5
Deus ensina uma lição ao profeta 4.6-11

Fonte: Bíblia Plenitude.

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

NO PRINCÍPIO (GÊNESIS 1:1).

Porque "NELE" foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades. Tudo foi criado por ele e para ele (Colossenses 1: 16).

Quando era criança ouvi que todos os versículos da Bíblia carregam em si, além da letra, uma mensagem de Deus ao leitor, ou seja, num trecho escriturístico contem adido à sua leitura e interpretação uma revelação do Espírito Santo. Então, pensei eu, se cada versículo bíblico traz em si uma revelação mais profunda, qual seria a mensagem escondida em Gênesis 1: 1 além do relato da criação do céu e da Terra?

A Bíblia inicia o seu primeiro livro (Gênesis) com a frase: "No PRINCÍPIO criou Deus o céu e a terra". Ao meditar neste versículo o Senhor levou-me a compará-lo com Apocalipse 22: 13: "Eu sou o Alfa e o Ômega, O PRINCÍPIO e o fim, o primeiro e o derradeiro". Logo após o Espírito Santo fez-me lembrar de Colossenses 1: 16. Fiquei maravilhado com a simplicidade dos textos bíblicos e da nossa ignorância acerca das Escrituras. Por que o 1° versículo da Bíblia não usou a palavra "no começo" ou "no início" se parece ter o mesmo significado de no PRINCÍPIO? Respondo: porque Jesus é o PRINCÍPIO, O PRIMOGÊNITO, O PRIMEIRO, A PALAVRA CRIADORA, O LOGOS DE DEUS. 

 “... e todas as coisas subsistem por ele" (Colossenses 1: 17). A palavra "subsistir" significa "manter". "Edificados sobre o FUNDAMENTO dos apóstolos e dos profetas, de que Jesus Cristo é a principal pedra da esquina" (Efésios 2: 20). "Fundamento" é sinônimo de: alicerce, base, fundação, lastro, apoio, origem, sustentáculo.


 “Por isso diz o Soberano Senhor: Eis que ponho em Sião uma pedra, uma pedra já experimentada, uma preciosa pedra angular para alicerce seguro; aquele que confia, jamais será abalado". (Isaías 28: 16).


 “Pois quem é Deus além do Senhor? E quem é Rocha senão o nosso Deus?" (2 Samuel 22: 32)
. "O Senhor vive! Bendita seja a minha Rocha! Exaltado seja Deus, a Rocha que me salva!" (2 Samuel 22: 47).

Estes trechos afirmam que todas as coisas visíveis ou invisíveis existem, são sustentadas e permanecem vivas em Jesus, por Jesus e para Jesus, e que Jesus Cristo é Deus, pois ele é a Rocha eterna, a Rocha salvadora, o Alto Refúgio dos que Nele se abrigam. Ele é o fundamento dos apóstolos e dos profetas e Nele, a Rocha bendita, Nele a Igreja é edificada para morada de Deus em Espírito (Efésios 2: 22). Em Jesus, a pedra angular, os prudentes edificam a suas vidas (Mateus 7: 24), pois só os tolos constroem sobre homens (areia, pó). Podemos entender que Gênesis 1:1 está dizendo assim: "Em Jesus criou Deus o céu e a terra". Em João 1: 1-14 diz que Ele, o Verbo, estava no Princípio com Deus, Nele estava a vida, a verdade, a graça, a luz e toda a criação. 

Não há outro Deus, porque o Pai e o Filho são um; não há outro Salvador, porque não há outra Rocha em que refugiar-se; não há outra Pedra, porque não há outro fundamento sólido contra o diabo; não há outro Mediador, porque não há outro Sacerdote; não há outra Oferta ou Sacrifício, porque nossas obras são como trapos imundos; não há outro Verbo Criador, porque não há outra palavra verdadeira; não há outro Rei, porque não há outro Nome pelo qual podemos ser salvos do Juízo vindouro senão por Jesus o Cristo, o Rei dos reis e Senhor dos senhores. Amém!
L. M. S.

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

A SEGUNDA VINDA DO SENHOR JESUS CRISTO JÁ ACONTECEU?

"Dizemo-vos, pois, isto, pela palavra do Senhor: que NÓS, OS QUE FICARMOS VIVOS PARA A VINDA DO SENHOR, não precederemos os que dormem. Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois NÓS, OS QUE FICARMOS VIVOS, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor" (1 Tessalonicenses 4: 15-17).

Será que Paulo pensava que a vinda do Senhor se daria para aquela geração?

As cartas Paulinas são cartas inspiradas pelo Espírito Santo tais como são as demais Escrituras (Evangelhos, Profetas, Pentateuco). Há muitas coisas que Cristo falou aos seus contemporâneos como se aquelas coisas fossem para eles, ou seja, para aquela época. Um exemplo clássico está em Mateus 10: 23, vejam: "Quando pois vos perseguirem nesta cidade, fugi para outra; porque em verdade vos digo que NÃO ACABAREIS DE PERCORRER AS CIDADES DE ISRAEL SEM QUE VENHA O FILHO DO HOMEM". Jesus está falando da sua vinda como se fosse para aquela geração; será que Ele não sabia, ou estava profetizando pelo Seu Espírito aos crentes dos últimos dias? Certamente a nós Ele profetizava. 

Eu sei que Cristo, em seu corpo terrestre, disse que nem os anjos e nem o Filho sabiam do "DIA E HORA" da Sua vinda (Marcos 13: 32). Veja bem, "DIA E HORA" não significa ignorância à respeito dos tempos futuros, pois Espírito Santo sabe e sonda todas as coisas, até mesmo as profundezas de Deus (1 Coríntios 2: 10), e o próprio Senhor disse que as palavras ditas por Ele eram Espírito e vida (João 6: 63, Efésios 6: 17). 

Em Hebreus 4: 12 está escrito que a Palavra de Deus é "viva e eficaz"; Jesus disse que os céus e a terra passariam, menos as suas palavras (Mateus 24: 35), estes textos querem dizer que as profecias bíblicas são predições de coisas que já aconteceram no nosso passado, que acontecem no nosso presente e que acontecerão no futuro; portanto o que Paulo disse, disse-o pelo Espírito Santo para o ensino daquela geração e também para as gerações futuras. Lembrem-se: "a letra mata, o Espírito vivifica" (2 Coríntios 3:6). Portanto não se prendam à letra, mas ao que o Espírito Santo diz por meio dela, pois, quem tem os ouvidos voltados para o Senhor (sede e fome de ouvi-Lo), ouve o que o Seu Espírito diz às Igrejas (Apocalipse 2:29). 
L. M. S.

terça-feira, 3 de novembro de 2015

A VINDA DO SENHOR SERÁ COMO A DE UM LADRÃO.

O engano de alguns crentes se dá pela falta de um estudo mais apurado das Escrituras.  Vejo que alguns apoiam-se no que Jesus disse sobre "vir como um ladrão" (Mateus 24:43; Apocalipse 16:15), mas isolar os versos do contexto é o erro mais comum induzido por Satanás, para que os desatentos - não vigilantes - caiam no seu laço. Os versos em questão tratam da vigilância e da sobriedade que deve ser a marca de um cristão genuíno em não se entreter com os prazeres deste mundo. Mas se ainda não me dão crédito, então leiam o que foi escrito pelos apóstolos Paulo e Pedro:

"Porque vós mesmos sabeis muito bem que o dia do Senhor virá como o ladrão de noite";    (1 Tessalonicenses 5:2).

"Mas o dia do Senhor virá como o ladrão de noite; no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e a terra, e as obras que nela há, se queimarão".
(2 Pedro 3:10).

"Mas vós, irmãos, já não estais em trevas, para que aquele dia vos surpreenda como um ladrão";
(1 Tessalonicenses 5:4).

Jesus só "virá como um ladrão" para aqueles que ajuntaram os seus tesouros neste mundo, mas para os que ajuntam tesouros no céu, estes podem ficar despreocupados, pois ali os ladrões não minam nem roubam (Mateus 6:20). Fiquem sóbrios!

"Lembra-te, pois, do que tens recebido e ouvido, e guarda-o, e arrepende-te. E, se não vigiares, virei sobre ti como um ladrão, e não saberás a que hora sobre ti virei".
(Apocalipse 3:3).   
L. M. S.